tags

todas as tags

links

posts recentes

Rodrigo Guedes de Carvalh...

Mário Claudio: "O Porto e...

José Eduardo Agualusa: "N...

Francisco José Viegas: "P...

pesquisar

 

Junho 2008

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
10
11
12
13
14

15
16
17
18
19
20
21

22
23
24
25
26
27
28

29
30


arquivos

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

subscrever feeds


Domingo, 4 de Novembro de 2007

Rodrigo Guedes de Carvalho: "A conversa eterna sobre o Emídio Rangel já cansa"

 

 

Jornalista premiado, pivot implacável promovido a director de informação da SIC, escritor em ascenção distinguido à primeira obra, argumentista. Refém do tempo que nunca sobra, Rodrigo Guedes de Carvalho, 44 anos, comenta por mail “o país e o mundo”.

 

Acaba de lançar o quarto romance. Quando haverá posters gigantes seus à porta da Fnac?
Costuma haver, quando vou lá dar autógrafos.

Seria capaz de, deliberadamente, despoletar um “caso” noticioso na véspera do lançamento de um livro?
Claro que não. De que serviria?

Esta relativamente recente vaga de jornalistas-escritores é semelhante à dos manequins-actores? Ou seja, sente que os escritores o olham de lado?
Vaga de jornalistas-escritores? Isso soa a coisa recente e eu comecei a publicar em 1992, não me parece que faça parte de uma vaga moderna. E porque é que ninguém fala dos professores-escritores ou dos médicos-escritores?

O que é “literatura de aeroporto”? A sua obra configura no conceito?
Qualquer lugar é bom para ler. Não sei se a minha obra se enquadra, mas já vi uma pessoa começar a ler um livro meu na fila do check-in. Será que conta?

Há muito em si de Alexandre, personagem do livro, escritor angustiado com a possibilidade de ser ultrapassado pelas gerações mais novas e de decalcar as mais antigas?
Muito de mim em Alexandre, um escritor com sessenta e tal anos, conceituadíssimo, levado ao colo pela crítica? Não me parece.

Parece-lhe que com a nova medida educativa, que decretou que os alunos do ensino básico e secundário deixarão de reprovar por faltas, será mais difícil fomentar o gosto pela leitura e pela escrita, logo, criar-lhe concorrência?
A apetência pela escrita não passa só pela escola. Nasce connosco. Se um miúdo não quiser ler, podem fechá-lo num quarto de estantes cheias de livros que ele não lerá um.

Seria capaz de, como António Lobo Antunes, afirmar que dentro do seu campeonato não há ninguém que lhe chegue aos calcanhares?
Não sei qual é o meu campeonato, mas seria incapaz de dizer qualquer coisa do género.

Em o “Canário”, editado em Setembro, fala de várias prisões. Qual é a sua?
A minha grande prisão é o tempo, que parece que nunca me chega para tudo o que quero fazer.

Clara de Sousa diz ter o “Canário” na mesa-de-cabeceira. Também é leitor dos contos que ela escreve?
Li um, num livro que reunia contos de figuras públicas.

Vai dividir com ela a apresentação do Jornal da Noite. Também acha que é a mulher mais sexy da televisão portuguesa?
Mas quem lhe disse que vou dividir com ela o Jornal da Noite?

Angustia-o mais as audiências da SIC ou as vendas dos seus livros?
Nenhuma me angustia, desde que me sinta realizado com o meu trabalho.

Se houvesse caminhos para o passado, e tivesse influência para isso, evitaria que Emídio Rangel saísse da SIC?
O passado não se reescreve,  já tenho pouco tempo para o futuro e é aí que concentro todas as energias. E a conversa eterna sobre o Rangel já cansa.

A sua reconhecida ironia é epidérmica?
Ora aí está uma coisa que me leva ao clássico: não faço a mínima ideia.

E a sua dificuldade em deixar os entrevistados responderem  às suas próprias perguntas?
Desde que respondam ao que realmente perguntei, não sentirão qualquer dificuldade.

Nesta fase, o caso Maddie comove-o, inquieta-o ou irrita-o?
Cansa-me.

Quem ficou melhor na fotografia: os media portugueses ou os ingleses?
Os portugueses.

Qual o último melodrama real que o comoveu? E na ficção?
Aquele atrasado mental que se diz artista e deixou um cão morrer de fome e sede na sua exposição. Na ficção, revi recentemente o Touro Enraivecido, de Scorsese. Extraordinário. Brutal.

Se fosse José Sócrates eliminaria o convite ao presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, para estar presente na cimeira UE África?
Provavelmente…sim.

E se tivesse sido uma das pessoas incumbidas de documentar Vladimir Putin sobre os Direitos Humanos dos 27 países da União Europeia, como teria resumido, numa frase, a questão em Portugal?
Ora neste campo, como pode ver, estamos melhor que vossas excelências, senhor presidente.

Lanço-lhe o desafio que está a correr na blogosfera: pegar no livro mais próximo, abri-lo na página 161 e reproduzir a quinta frase completa.
Não sou blogosférico. Ainda assim, olho em volta, mas estou rodeado de jornais: e nenhum chega às 160 páginas.


publicado por JN às 03:35

link do post | comentar | favorito